Tacoma – Review
Misturando futurismo e realidade aumentada, o game é uma ótima opção para que gosta de jogos do gênero exploração
Tacoma é um jogo do gênero exploração, que se passa em 2088, dentro de uma estação espacial aparentemente abandonada. Desenvolvido pela empresa Fullbright, o game foi lançado simultaneamente para PC, macOS, Linux e Xbox One em agora de 2017. No ano seguinte, mais precisamente em maio de 2018, uma nova versão foi lançada para PlayStation 4.
História
A narrativa de Tacoma gira em torno da protagonista Amy. Ela possui um dispositivo de Realidade Aumentada que permite que ela reveja conversas e atividades de personagens presentes na estação, antes de ela ser abandonada. Isso faz com que o jogador interaja com cópias holográficas dos ex-tripulantes na nave, com objetivo de entender o mistério que circunda o esvaziamento da estação.
Dessa forma, utilizando recursos avançados de RA, Amy encontra pistas e outras informações que a fazem avançar na trama. Indícios importantes podem chegar também por meio de um e-mail fictício, vinculado ao próprio sistema de Realidade Aumentada.
Audiologs
Os chamados “audiologs” são recursos utilizados para aproximar o jogador ainda mais da história e dos personagens. Além disso, eles fornecem informações sobre missões de outros tipos de ações dentro dos games. Em Tacoma, a comunicação os personagens não-jogadores ganham uma nova dimensão. Os antigos tripulantes aparecem no game a partir de um corpo virtual, que se move e fala da mesma maneira que seu dono.
Dessa forma, acompanhamos não apenas o que os personagens dizem, mas também seus movimentos e articulações, bem como as interações com o ambiente e com os outros demais personagens. É possível ainda vasculhar seus antigos pertences, localizados em armários, ou até mesmo conhecer mais sobre suas vidas, dando uma olhadinha na caixa de e-mails deles, a partir de painéis virtuais.
Rewind e Fast Forward
Para conseguir montar o quebra-cabeça por trás dos acontecimentos pregressos dentro da estação, é preciso estar atento a cada detalhe em relação ao que é dito e mostrado pelos membros da antiga tripulação, representados por imagens holográfica.
Para isso, o jogo disponibiliza um sistema de rewind e fast forward para que o jogador possa conferir as informações mais de uma vez, caso necessário. Lembrando que, em muitas das vezes, vários personagens estão interagindo entre si num mesmo ambiente. Quando esse for o caso, é preciso explorar a cena pelos mais diversos ângulos, a fim de conseguir extrair as pistas necessárias para solucionar o mistério.
Gráficos
Mesmo se aproximando, de certa forma, de um futuro distópico, Tacoma não apresenta ambientações opressivas ou carregadas. Muito pelo contrário. A estação espacial abandonada está bem conservada, soando bem distante de algo parecido com um “navio fantasma”. Reforçando, dessa forma, que o lugar não deve estar de fato tão vazio como se pensa.
Destaque para as escotilhas com vista privilegiada para a Terra e para o Sol. Elas ajudam a pontuar o tom suave do jogo; mais centrado no mistério e no uso das tecnologias do que em acontecimentos pós-apocalípticos.
Trilha sonora
Por fim, a trilha sonora também é um dos pontos altos do games. Apresentada de forma incidental e praticamente fragmentada (podemos ouvir o que os tripulantes estavam ouvindo do passado), os temas musicais contribuem para dar a sensação de que talvez Tacoma não seja apenas uma estação espacial, mas algo muito além disso.